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Bem-vindo às trevas do meu desejo, caro leitor. Inicie sua viagem por aqui: 1 - Natureza

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

1 - Natureza


É o que dizem alguns. Natureza.

Por Natureza, segundo o dicionário, quer-se dizer “essência dos seres”.

Sendo assim, para iniciar minhas histórias (relatos ou ficção?) nada melhor do que chamá-las de Natureza, pois é à minha Natureza que se referem.

Cada um nasce de uma maneira: há os que nascem inteligentes, há os que nascem burros; há os que nascem com plena capacidade física, há os que nascem aleijados; há os que nascem bons, e os que nascem maus. 

Há os que nascem para obedecer.

E, óbvio: há aqueles que nascem para comandar, determinar.

Dominar.

Dominar, essa é minha Natureza, a minha essência.

Mas quem sou? Chamam-me de muitos nomes: Esposa, Mãe, Filha, Amiga – mas o que mais me agrada, é usado por poucos – na verdade, por apenas dois. Este nome, desconhecido para a maioria dos que me vêem, é somente permitido aos poucos que possuem a honra de me obedecer totalmente.

Para eles sou apenas Mistress. Ou Senhora.

A vocês basta que me conheçam como Sarah.

É, Sarah – um nome comum – mesmo que minha vida seja incomum. Bem, não tão incomum assim: tenho meu trabalho: sou professora de canto e piano. Lido diariamente com a nata da sociedade belorizontina – ainda há famílias que possuem a ideia de que seus filhos e filhas devem aprender algum instrumento musical. O piano não é a escolha mais óbvia: acontece apenas para os que têm dinheiro. Especialmente entre os emergentes.

Mas não. Não faço parte da “nata”. Apenas convivo com ela – e muito bem. Depois de anos ensinando seus filhos e filhas adquiri deferência convertida na moeda mais corrente neste meio: o respeito social.

Agora, você pode pensar: professora? De crianças, adolescentes? Que perigo!

Ora, não seja idiota! Sou Dominadora, não pedófila!

Então é óbvio que meus alunos nada sabem sobre minha Natureza mais íntima, apesar de que, como é parte essencial de mim, não pode ser totalmente escondida – ou você acha que escolhi uma profissão que tenha presciência sobre outras pessoas à toa?

Sim, enquanto professora determino – sempre com justiça, como é tão característico de mim – mas sempre determino. Afinal, quem melhor para saber o que é melhor para aqueles sob minha supervisão?

É óbvio que meu respeito vem de meus resultados – e os alunos estão sempre chegando. Ou seja, nada comparado a estas historietas em que o protagonista é sempre ricaço e não precisa se preocupar com trabalho.

Isso não é normal!

Quanto a mim trabalho para me manter, manter meus luxos e minhas fantasias.

E quantas fantasias tenho para manter...

Contar-lhes-ei mais tarde, porque primeiro devemos conversar. Dar-lhes-ei notícias sobre minha vida e minha Natureza.

Alguns, ao mergulharem em minhas letras sentirão asco. Mas o asco apenas traduz o animal que ainda persiste dentro de todos nós – apesar dos séculos de evolução social. O animal que anda sufocado, oculto, escondido – por pura conveniência, às vezes. Muitas vezes por medo das conseqüências sociais que a liberação da besta que reside em nós pode causar.

Outros, sentirão afinidade.

Mas todos sentirão Prazer. Mesmo que neguem. Porque o prazer é o meu domínio. A minha arma. Com ele controlo mentes que dobram-se à minha vontade.

E ainda outros, poucos, encontrarão em minhas Letras sua própria Natureza: seja a de Dominar, seja a de se submeter. E eles agradecer-me-ão eternamente por ter-lhes revelado quem são e qual caminho trilhar para alcançar a verdadeira felicidade.

Quem sabe com o tempo também passarão a chamar-me Mistress?

Ou Senhora, tanto faz. Concedo-lhes o direito de escolher.

Portanto, você é livre. Livre para percorrer minhas Letras ou para esquecê-las.

Mas, saiba.

Se a escolha que você fizer for continuar prepare-se, pois, você poderá encontrar-se em minhas páginas.

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