Três dias.
Tempo suficiente para que eu
pensasse e repensasse. Tempo suficiente para que minha imaginação fluísse.
Após nossas últimas brincadeiras, conversamos. A princípio, ele estava meio envergonhado devido à posição de
humilhação – como meu cãozinho – que havia assumido, mas depois, deixou-se
levar.
Ele possuía um papo leve e
interessante. A mente ágil e inteligente. Este fato apenas aguçou meu desejo.
Não há nada que tenha efeito maior de frigidez sobre mim do que a estupidez – é
como um belo balde de água fria.
Descobri que ele também morava em Belo Horizonte ,
apesar de não ser mineiro. Havia vindo de São Paulo, devido à sua profissão que
ele descrevia como uma espécie de cozinheiro.
Obviamente ainda não havíamos
entrado em detalhes com relação às nossas vidas particulares – a confiança
ainda estava sendo construída. Mas, eu sentia que o progresso seria contínuo. O
fato de ele também residir em BH também me enchia de curiosidade e
contentamento simplesmente pelo motivo de que, assim, a possibilidade de que
houvesse uma real migração do virtual para o palpável era tangível.
Passou-se o primeiro dia e o cão
enviou-me um e-mail. Estava com dificuldade de conseguir uma clínica de
depilação longe o suficiente de sua casa, para que sua privacidade fosse
preservada. Compreensível, claro, mas também um sinal de preguiça.
Enviei a ele um endereço de
clínica de confiança, que ficava no Floresta. Bastava que ele ligasse e
agendasse um horário. Dei-lhe também uma ordem: não se toque, não se masturbe todo o seu prazer deveria ser reservado a mim.
No
segundo dia enviei-lhe uma pequena lista com itens que ele deveria providenciar
para a próxima vez em que conversássemos (e que deveriam ser mantidos, para a
possibilidade do real).
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Para: padavonacook@(...)
Assunto: Compras
Sempre de joelhos, mesmo quando
apenas estiver lendo minhas palavras, entendeu? É como espero que você fique.
Providencie:
1)
Anero.
2)
Óleo de amêndoas.
3)
Anel peniano.
4)
Calcinha.
5)
Potinho de alimentação de animais.
6)
Dois pregadores (podem ser os seus mesmo).
7)
Um copo.
8)
Creme para o corpo.
Você poderá escolher os tamanhos
que quiser, deixo esta parte a seu cargo. Aconselho que o anero seja estreito
para que você não seja danificado. Tudo que me pertence deve sempre estar limpo
e saudável.
Espero ver estes itens arrumados,
sobre uma toalha branca próxima ao teclado. Todos os itens devem ser
previamente higienizados antes e depois do uso.
Mais, faça o download da seguinte
música: “Devil’s plaything” da banda Danzig.
Falo com você em mais alguns
dias. Esteja pronto.
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Terceiro dia.
Eu queria falar com ele. Se ele
tivesse seguido minhas ordens ipsis
litteris já deveria estar pronto e às 15 horas estaria ajoelhado me
esperando frente ao computador.
Mas, ainda não seria hoje.
Amanhã, talvez – ele merecia ter
que esperar um pouco mais devido à preguiça ao escolher a clínica para
depilação.
Quarto dia.
15:00.
15:05.
15:09.
Loguei e imediatamente ele ligou
o vídeo. A câmera mostrou aquele belíssimo exemplar canino de joelhos, olhando
diretamente para mim, com o rosto ainda brilhante da barba recém escanhoada.
“Boa tarde, cãozinho!”
“...” Ele ainda se lembrava das
minhas últimas reprimendas.
“Quando eu lhe der boa tarde,
responda. Faça-me sentir bem-vinda.”
“Bem-vinda, Senhora. Seu cãozinho
está muito feliz em lhe ver.”
“Se está feliz, porque não está
fazendo festinha pra mim?”
Ele imediatamente pôs-se de
quatro e começou a latir mansamente e a balançar o rabinho ainda imaginário.
“Bom, bom cãozinho. Agora, de pé
para a inspeção.”
Ele levantou-se de um pulo.
“Sim, Senhora.”
“Abra a boca. Quero ver seus
dentes. Aproxime-se da câmera que eu quero ver se você tem cuidado direitinho
do que me pertence.”
Ele abriu a boca. Seus dentes
eram perfeitos. Algumas obturações como é tão comum nestas épocas de tanto
açúcar, mas todas bem cuidadas e de boa aparência.
“Peito.”
Seu peito e ombros estavam
completamente desnudos. Lisos. Era possível ver melhor as sardinhas que lhe
cobriam a pele com leveza.
Eu havia lhe dito que poderia
manter os pelos dos cotovelos até as mãos e do joelho para baixo.
Qual não foi minha surpresa ao
ver que ele havia feito uma depilação completa. Todos os pelos de seu corpo:
braços, pernas, nádegas, virilha, saco escrotal – todos, haviam sido
meticulosamente removidos.
Foi impossível conter o sorriso
que se abriu despudoradamente em minha face. Odeio cães peludos.
E era também inegável o fato de
que este me pertence.
Inspecionei seu corpo
milimetricamente. Nenhum único pelo.
“Pegue o creme. Espalhe-o pelo
corpo esfregando suavemente todas as partes que foram depiladas. Você deve
fazer isto todos os dias. Quero o seu corpo sempre hidratado e suave ao toque.”
Ele pegou o creme e começou a
esfregar pelo corpo.
“Não. Coloque a música. Faça isto
enquanto dança para mim.”
Ele, de maneira desajeitada,
iniciou uma pequena dança remexendo seu corpo enquanto suavemente espalhava o
creme. Primeiro por seus braços longos e bem feitos. Depois em seu peito largo
e sem pelos.
Passou para suas pernas.
“Vire-se e passe em suas pernas
sem agachar.”
Sei que ele já havia percebido a
minha predileção por vê-lo naquela posição. A visão de suas nádegas cruas,
brancas, como uma tela pronta a ser pintada, enviava pequenos choques na
extremidade do meu clitóris.
Ele curvou-se e esfregou
languidamente as pernas lisinhas. Depois, passou as mãos para trás e passou
creme nas nádegas.
“Não passe no ânus. Para ele
tenho outros planos hoje.”
Ao ouvir minhas palavras ele teve
uma pequena contração involuntária nas nádegas que se apertaram por uma fração
de segundo.
“Ninguém nunca brincou com essa
parte do seu corpo?”
“Não, Senhora.”
“Nem você mesmo?”
“Não, Senhora. Confesso que isso
me assusta.”
“Te assusta?”
“Sim, Senhora.”
“Muito?”
“Sim, Senhora.”
“Que bom. Estamos no caminho
certo.”
“De frente.” – minha brincadeira
preferida ficaria para mais tarde.
“Agora passe o creme na sua área
genital. E não se atreva a ficar de pau
duro.”
Percebi quando ele parou suas
mãos e respirou fundo tentando controlar a tensão sexual que já sentia e que
fizera seu pênis manifestar-se em uma quase ereção, que não havia passado
despercebida.
Ele respirou mais uma vez e
podia-se sentir no ar o quanto seu cérebro lutava com seus instintos para que
seu pênis permanecesse estático.
Cão começou a passar o creme pelos
testículos, creio que ele via esta como sua parte menos sensível. Ainda tentando
manter sua ereção sob controle. Sua respiração estava agitada.
Ao tocar seu pênis, senti que ele
suprimiu sua respiração.
“Esfregue bem. Quero esta sua
parte muito bem azeitada. E dance para mim.”
Ao ouvir minha voz já rouca de
excitação, a excitação de meu cãozinho saiu do controle e seu pênis estendeu-se
qual bandeira afrontosa, totalmente esticado e ainda brilhante de creme.
Ele parou com suas mãos no ar,
ainda cheias de creme, sem saber exatamente onde colocá-las. Seu olhar ia da
câmera para seu pau completamente duro e do seu pau completamente duro para a
câmera.
E havia medo em seus olhos. E o
medo me excita quase tanto quanto sangue.
“Você pensa que é homem, cãozinho?
Por isso está estendendo esse pau abusado para mim? Você não tem vergonha de
tamanha ousadia?”
Ele caiu de joelhos.
“Senhora, me perdoe. Sua voz, tão
imperiosa. Eu não consegui. Eu não consegui. Me perdoe!”
“Pegue o anel e prenda-o bem
justo na base do seu pau. Quer ficar com ele duro? Quer me desrespeitar? Então
agora sinta as consequências!”
“Senhora, me perdoe.”
“Cale-se! Pegue o anel. Coloque-o como mandei.”
Silenciosamente ele o fez. Sua
pouca experiência e seu medo faziam suas mãos ficassem trêmulas, mas ele
finalmente conseguiu alocar o anel onde eu havia lhe ordenado.
“Dói?”
“Sim, Senhora. Eu não me toquei, como a Senhora ordenou. A espera me deixou doido. Ele está meio inchado.”
“Bom. Agora pegue os pregadores e
coloque nos seus mamilos.”
“Quanto tempo, Senhora?”
“O tempo que eu quiser.”
Ele alocou os pregadores. Mesmo
antes, mordia seus lábios antecipando a dor – as lembranças da última punição
com eles ainda era forte.
“Pronto, Senhora.” – disse ele
com a voz pressionada pela dor.
“Quem lhe disse que está pronto?
Mostre-me a calcinha.”
Ele havia comprado uma versão de
tanga de renda vermelha. Curtinha e pequena. Certamente entraria no rabo de um
cão daquele tamanho. Era mesmo uma puta esse meu cãozinho.
“Vista. Vista para aprender que
você não é homem. Que pode até ser um cãozinho macho, mas que não deve estender
esse pau para mim, exceto quando eu disser que pode, entendeu?”
“Sim, Senhora”. Sua voz ainda
estava espremida, dolorida.
“Traga uma cadeira e posicione-a
na frente da câmera no meio da sala.”
Ele usou a própria cadeira do
computador.
“Agora, dança para mim como a
puta que você é.”
A música que se repetia das
caixas de som era adorável. Uma letra altamente descritiva com relação à minha
opinião sobre meus brinquedos.
“Devil’s plaything in my hands
If you don’t want pain
You don’t understand”
E enquanto o cantor repetia o
refrão com sua voz grave e envolvente, meu brinquedinho rebolava sua bunda
maravilhosa, entrecortada pela tanguinha apertada que entrou sensualmente no
seu rego.
“Empina a bunda, putinha.”
E ele o fez, remexendo-se e
remexendo-se - tendo, enfim, encontrado a sensualidade para tal, vestindo sua
personalidade de puta.
Seu pau obviamente, continuava
duro. O anel não permitiria que ele se amolecesse. E era assim que eu queria.
“Agora, putinha, vamos para minha
parte favorita. Tire a calcinha e pegue o óleo de amêndoas. Passe em uma de
suas mãos.”
Ele o fez apressadamente.
Derramou um pouco de óleo no chão.
“Porra! Como você é bagunceiro!
Lambe!”
Ele olhou para mim com dúvidas
pela primeira vez hoje.
“Lambe a porra do óleo!”
Ele imediatamente se pôs de
joelhos e começou a lamber o óleo do chão.
Neste momento não contive minhas
gargalhadas.
“Lambe devagar, vai. Finge que
você sabe o que é ser sensual.”
Ele colocou sua língua para fora
e lambeu, tendo que conter seu estômago, devido ao nojo.
“Não se atreva a vomitar.”
Ele se conteve, mas a sua
expressão de asco ainda podia ser vista.
“Agora, levante-se. Vire-se.
Quero ver você besuntando seu cu de óleo. E é melhor passar direito ou vai se
arrepender.”
Ele se curvou para o lado e
começou a esfregar seu ânus com a mão esquerda. A visão daquele anel
avermelhado e ainda intocado inflamava meu desejo. Minha calcinha estava
completamente úmida e o desejo apertava minhas entranhas.
“Pegue o anero. Quero ver você
enfiando-o devagar.”
Ele o fez. Ao tentar pressionar o
anero contra seu ânus pequeno e virgem a musculatura fez pressão em contrário.
“Não consigo, Senhora.”
“Consegue, sim. Vai ter que
conseguir. Pressiona mais. Quero ver
entrando agora. Não quero esperar.”
E assim ele fez. Como o óleo de
amêndoas havia sido apropriadamente espalhado, o anero começou a escorregar
para dentro de seu ânus arreganhando o buraquinho ainda virgem.
Ele gemia alto de dor – mas
também de prazer. Seu pênis continuava seguro pelo anel.
“O que você sente? Descreva em
detalhes.”
“Dóóói, Senhora, dói! Está me
rasgando.” Sua voz estava pesada e tinha um tom mais alto do o normal.
“Enfia até sentir que encostou na
próstata. E que seja devagar – quero que você sinta cada momento de dor.”
“Ahnnn, Senhora, está me
partindo.”
Eu sabia que o uso de aneros era
recomendado para pessoas que já possuíam experiência com a manipulação do ânus,
mas eu sabia que ele aguentaria por mim. Havia aguentado toda a depilação em
cera, aguentaria o anero.
É claro que existia toda uma
questão envolvendo a masculinidade e etc. Mas esta não me dizia respeito. Ele
deveria aprender que comigo seria apenas meu cãozinho – ou cadelinha,
dependendo da minha vontade.
“Agora massageie. Não se esqueça
de falar o que sente.”
“Parece que eu quero urinar.
Parece que eu vou explodir. Tô me sentindo sujo, arregaçado. Tô me sentindo sua
puta. Sua puta.”
“Pegue o copo e deixe perto.
Ajoelha e continua do chão, de lado para a câmera.”
Pelo visto, ele até já havia esquecido
da dor dos pregadores que continuavam firmes nos seus mamilos.
“Tô apertado, eu vou estourar,
Senhora.” A ansiedade era flagrante em sua voz.
“Use a outra mão para retirar o
anel e deixe seu leite fluir pra dentro do copo.”
Ao tirar o anel, seu pênis explodiu
dentro do recipiente em vários jorros contínuos, porém leves. Ele gemia alto,
havia alívio em seu tom.
“Tire o anero” – sussurrei para
ele enquanto ele concluía a coleta.
Ao terminar, ele virou-se para
mim e disse:
“Eu nunca... nunca... eu... estou
confuso... a Senhora me domina, faz de mim o que quer. Sou seu, sou seu...”
“Lembre-se de Jorge Amado. Não há
fronteiras para o prazer. Não há ego no sexo.”
Ele me olhou profundamente e o
universo dos seus olhos já não era tão indecifrável.
“Agora beba.”
Ele encheu-se de coragem.
Controlou seu asco. Entregou-se a mim e bebeu.
Estou adorando...
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