Para começar

Bem-vindo às trevas do meu desejo, caro leitor. Inicie sua viagem por aqui: 1 - Natureza

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

5 - Entrega


Três dias.

Três dias.

Tempo suficiente para que eu pensasse e repensasse. Tempo suficiente para que minha imaginação fluísse.

Após nossas últimas brincadeiras, conversamos. A princípio, ele estava meio envergonhado devido à posição de humilhação – como meu cãozinho – que havia assumido, mas depois, deixou-se levar.

Ele possuía um papo leve e interessante. A mente ágil e inteligente. Este fato apenas aguçou meu desejo. Não há nada que tenha efeito maior de frigidez sobre mim do que a estupidez – é como um belo balde de água fria.

Descobri que ele também morava em Belo Horizonte, apesar de não ser mineiro. Havia vindo de São Paulo, devido à sua profissão que ele descrevia como uma espécie de cozinheiro.

Obviamente ainda não havíamos entrado em detalhes com relação às nossas vidas particulares – a confiança ainda estava sendo construída. Mas, eu sentia que o progresso seria contínuo. O fato de ele também residir em BH também me enchia de curiosidade e contentamento simplesmente pelo motivo de que, assim, a possibilidade de que houvesse uma real migração do virtual para o palpável era tangível.

Passou-se o primeiro dia e o cão enviou-me um e-mail. Estava com dificuldade de conseguir uma clínica de depilação longe o suficiente de sua casa, para que sua privacidade fosse preservada. Compreensível, claro, mas também um sinal de preguiça.

Enviei a ele um endereço de clínica de confiança, que ficava no Floresta. Bastava que ele ligasse e agendasse um horário. Dei-lhe também uma ordem: não se toque, não se masturbe todo o seu prazer deveria ser reservado a mim.

No segundo dia enviei-lhe uma pequena lista com itens que ele deveria providenciar para a próxima vez em que conversássemos (e que deveriam ser mantidos, para a possibilidade do real).
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Assunto: Compras

Sempre de joelhos, mesmo quando apenas estiver lendo minhas palavras, entendeu? É como espero que você fique.

Providencie:
1)      Anero.
2)      Óleo de amêndoas.
3)      Anel peniano.
4)      Calcinha.
5)      Potinho de alimentação de animais.
6)      Dois pregadores (podem ser os seus mesmo).
7)      Um copo.
8)      Creme para o corpo.

Você poderá escolher os tamanhos que quiser, deixo esta parte a seu cargo. Aconselho que o anero seja estreito para que você não seja danificado. Tudo que me pertence deve sempre estar limpo e saudável.

Espero ver estes itens arrumados, sobre uma toalha branca próxima ao teclado. Todos os itens devem ser previamente higienizados antes e depois do uso.

Mais, faça o download da seguinte música: “Devil’s plaything” da banda Danzig.

Falo com você em mais alguns dias. Esteja pronto.
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Terceiro dia.

Eu queria falar com ele. Se ele tivesse seguido minhas ordens ipsis litteris já deveria estar pronto e às 15 horas estaria ajoelhado me esperando frente ao computador.

Mas, ainda não seria hoje.

Amanhã, talvez – ele merecia ter que esperar um pouco mais devido à preguiça ao escolher a clínica para depilação.

Quarto dia.

15:00.

15:05.

15:09.

Loguei e imediatamente ele ligou o vídeo. A câmera mostrou aquele belíssimo exemplar canino de joelhos, olhando diretamente para mim, com o rosto ainda brilhante da barba recém escanhoada.

“Boa tarde, cãozinho!”
“...” Ele ainda se lembrava das minhas últimas reprimendas.
“Quando eu lhe der boa tarde, responda. Faça-me sentir bem-vinda.”
“Bem-vinda, Senhora. Seu cãozinho está muito feliz em lhe ver.”
“Se está feliz, porque não está fazendo festinha pra mim?”

Ele imediatamente pôs-se de quatro e começou a latir mansamente e a balançar o rabinho ainda imaginário.

“Bom, bom cãozinho. Agora, de pé para a inspeção.”
Ele levantou-se de um pulo.
“Sim, Senhora.”
“Abra a boca. Quero ver seus dentes. Aproxime-se da câmera que eu quero ver se você tem cuidado direitinho do que me pertence.”

Ele abriu a boca. Seus dentes eram perfeitos. Algumas obturações como é tão comum nestas épocas de tanto açúcar, mas todas bem cuidadas e de boa aparência.

“Peito.”
Seu peito e ombros estavam completamente desnudos. Lisos. Era possível ver melhor as sardinhas que lhe cobriam a pele com leveza.

Eu havia lhe dito que poderia manter os pelos dos cotovelos até as mãos e do joelho para baixo.

Qual não foi minha surpresa ao ver que ele havia feito uma depilação completa. Todos os pelos de seu corpo: braços, pernas, nádegas, virilha, saco escrotal – todos, haviam sido meticulosamente removidos.

Foi impossível conter o sorriso que se abriu despudoradamente em minha face. Odeio cães peludos.

E era também inegável o fato de que este me pertence.

Inspecionei seu corpo milimetricamente. Nenhum único pelo.

“Pegue o creme. Espalhe-o pelo corpo esfregando suavemente todas as partes que foram depiladas. Você deve fazer isto todos os dias. Quero o seu corpo sempre hidratado e suave ao toque.”

Ele pegou o creme e começou a esfregar pelo corpo.

“Não. Coloque a música. Faça isto enquanto dança para mim.”

Ele, de maneira desajeitada, iniciou uma pequena dança remexendo seu corpo enquanto suavemente espalhava o creme. Primeiro por seus braços longos e bem feitos. Depois em seu peito largo e sem pelos.

Passou para suas pernas.

“Vire-se e passe em suas pernas sem agachar.”

Sei que ele já havia percebido a minha predileção por vê-lo naquela posição. A visão de suas nádegas cruas, brancas, como uma tela pronta a ser pintada, enviava pequenos choques na extremidade do meu clitóris.

Ele curvou-se e esfregou languidamente as pernas lisinhas. Depois, passou as mãos para trás e passou creme nas nádegas.

“Não passe no ânus. Para ele tenho outros planos hoje.”

Ao ouvir minhas palavras ele teve uma pequena contração involuntária nas nádegas que se apertaram por uma fração de segundo.

“Ninguém nunca brincou com essa parte do seu corpo?”
“Não, Senhora.”
“Nem você mesmo?”
“Não, Senhora. Confesso que isso me assusta.”
“Te assusta?”
“Sim, Senhora.”
“Muito?”
“Sim, Senhora.”
“Que bom. Estamos no caminho certo.”

“De frente.” – minha brincadeira preferida ficaria para mais tarde.
“Agora passe o creme na sua área genital. E não se atreva a ficar de pau duro.”

Percebi quando ele parou suas mãos e respirou fundo tentando controlar a tensão sexual que já sentia e que fizera seu pênis manifestar-se em uma quase ereção, que não havia passado despercebida.

Ele respirou mais uma vez e podia-se sentir no ar o quanto seu cérebro lutava com seus instintos para que seu pênis permanecesse estático.

Cão começou a passar o creme pelos testículos, creio que ele via esta como sua parte menos sensível. Ainda tentando manter sua ereção sob controle. Sua respiração estava agitada.

Ao tocar seu pênis, senti que ele suprimiu sua respiração.

“Esfregue bem. Quero esta sua parte muito bem azeitada. E dance para mim.”

Ao ouvir minha voz já rouca de excitação, a excitação de meu cãozinho saiu do controle e seu pênis estendeu-se qual bandeira afrontosa, totalmente esticado e ainda brilhante de creme.

Ele parou com suas mãos no ar, ainda cheias de creme, sem saber exatamente onde colocá-las. Seu olhar ia da câmera para seu pau completamente duro e do seu pau completamente duro para a câmera.

E havia medo em seus olhos. E o medo me excita quase tanto quanto sangue.

“Você pensa que é homem, cãozinho? Por isso está estendendo esse pau abusado para mim? Você não tem vergonha de tamanha ousadia?”

Ele caiu de joelhos.

“Senhora, me perdoe. Sua voz, tão imperiosa. Eu não consegui. Eu não consegui. Me perdoe!”
“Pegue o anel e prenda-o bem justo na base do seu pau. Quer ficar com ele duro? Quer me desrespeitar? Então agora sinta as consequências!”
“Senhora, me perdoe.”
Cale-se! Pegue o anel. Coloque-o como mandei.”

Silenciosamente ele o fez. Sua pouca experiência e seu medo faziam suas mãos ficassem trêmulas, mas ele finalmente conseguiu alocar o anel onde eu havia lhe ordenado.

“Dói?”
“Sim, Senhora. Eu não me toquei, como a Senhora ordenou. A espera me deixou doido.  Ele está meio inchado.”
“Bom. Agora pegue os pregadores e coloque nos seus mamilos.”
“Quanto tempo, Senhora?”
“O tempo que eu quiser.”

Ele alocou os pregadores. Mesmo antes, mordia seus lábios antecipando a dor – as lembranças da última punição com eles ainda era forte.

“Pronto, Senhora.” – disse ele com a voz pressionada pela dor.
“Quem lhe disse que está pronto? Mostre-me a calcinha.”

Ele havia comprado uma versão de tanga de renda vermelha. Curtinha e pequena. Certamente entraria no rabo de um cão daquele tamanho. Era mesmo uma puta esse meu cãozinho.

“Vista. Vista para aprender que você não é homem. Que pode até ser um cãozinho macho, mas que não deve estender esse pau para mim, exceto quando eu disser que pode, entendeu?
“Sim, Senhora”. Sua voz ainda estava espremida, dolorida.
“Traga uma cadeira e posicione-a na frente da câmera no meio da sala.”

Ele usou a própria cadeira do computador.

“Agora, dança para mim como a puta que você é.”

A música que se repetia das caixas de som era adorável. Uma letra altamente descritiva com relação à minha opinião sobre meus brinquedos.

“Devil’s plaything in my hands
If you don’t want pain
You don’t understand”

E enquanto o cantor repetia o refrão com sua voz grave e envolvente, meu brinquedinho rebolava sua bunda maravilhosa, entrecortada pela tanguinha apertada que entrou sensualmente no seu rego.

“Empina a bunda, putinha.”

E ele o fez, remexendo-se e remexendo-se - tendo, enfim, encontrado a sensualidade para tal, vestindo sua personalidade de puta.

Seu pau obviamente, continuava duro. O anel não permitiria que ele se amolecesse. E era assim que eu queria.

“Agora, putinha, vamos para minha parte favorita. Tire a calcinha e pegue o óleo de amêndoas. Passe em uma de suas mãos.”

Ele o fez apressadamente. Derramou um pouco de óleo no chão.

“Porra! Como você é bagunceiro! Lambe!”

Ele olhou para mim com dúvidas pela primeira vez hoje.

Lambe a porra do óleo!”

Ele imediatamente se pôs de joelhos e começou a lamber o óleo do chão.

Neste momento não contive minhas gargalhadas.

“Lambe devagar, vai. Finge que você sabe o que é ser sensual.”

Ele colocou sua língua para fora e lambeu, tendo que conter seu estômago, devido ao nojo.

Não se atreva a vomitar.”

Ele se conteve, mas a sua expressão de asco ainda podia ser vista.

“Agora, levante-se. Vire-se. Quero ver você besuntando seu cu de óleo. E é melhor passar direito ou vai se arrepender.”

Ele se curvou para o lado e começou a esfregar seu ânus com a mão esquerda. A visão daquele anel avermelhado e ainda intocado inflamava meu desejo. Minha calcinha estava completamente úmida e o desejo apertava minhas entranhas.

“Pegue o anero. Quero ver você enfiando-o devagar.”

Ele o fez. Ao tentar pressionar o anero contra seu ânus pequeno e virgem a musculatura fez pressão em contrário.

“Não consigo, Senhora.”
“Consegue, sim. Vai ter que conseguir. Pressiona mais. Quero ver entrando agora. Não quero esperar.

E assim ele fez. Como o óleo de amêndoas havia sido apropriadamente espalhado, o anero começou a escorregar para dentro de seu ânus arreganhando o buraquinho ainda virgem.

Ele gemia alto de dor – mas também de prazer. Seu pênis continuava seguro pelo anel.

“O que você sente? Descreva em detalhes.”
“Dóóói, Senhora, dói! Está me rasgando.” Sua voz estava pesada e tinha um tom mais alto do o normal.
“Enfia até sentir que encostou na próstata. E que seja devagar – quero que você sinta cada momento de dor.”
“Ahnnn, Senhora, está me partindo.”

Eu sabia que o uso de aneros era recomendado para pessoas que já possuíam experiência com a manipulação do ânus, mas eu sabia que ele aguentaria por mim. Havia aguentado toda a depilação em cera, aguentaria o anero.

É claro que existia toda uma questão envolvendo a masculinidade e etc. Mas esta não me dizia respeito. Ele deveria aprender que comigo seria apenas meu cãozinho – ou cadelinha, dependendo da minha vontade.

“Agora massageie. Não se esqueça de falar o que sente.”
“Parece que eu quero urinar. Parece que eu vou explodir. Tô me sentindo sujo, arregaçado. Tô me sentindo sua puta. Sua puta.”
“Pegue o copo e deixe perto. Ajoelha e continua do chão, de lado para a câmera.”

Pelo visto, ele até já havia esquecido da dor dos pregadores que continuavam firmes nos seus mamilos.

“Tô apertado, eu vou estourar, Senhora.” A ansiedade era flagrante em sua voz.
“Use a outra mão para retirar o anel e deixe seu leite fluir pra dentro do copo.”

Ao tirar o anel, seu pênis explodiu dentro do recipiente em vários jorros contínuos, porém leves. Ele gemia alto, havia alívio em seu tom.

“Tire o anero” – sussurrei para ele enquanto ele concluía a coleta.

Ao terminar, ele virou-se para mim e disse:
“Eu nunca... nunca... eu... estou confuso... a Senhora me domina, faz de mim o que quer. Sou seu, sou seu...”
“Lembre-se de Jorge Amado. Não há fronteiras para o prazer. Não há ego no sexo.”
Ele me olhou profundamente e o universo dos seus olhos já não era tão indecifrável.
“Agora beba.”

Ele encheu-se de coragem. Controlou seu asco. Entregou-se a mim e bebeu.

Era mesmo um vira-latas – a melhor espécie de cão. A que aprende mais rápido.




Um comentário:

Olá. Não é concedido a todos comentar sobre minha Natureza, portanto aguarde.